Política e tragédia
Nos últimos dias o estado de São Paulo enfrentou uma de suas maiores tragédias. Cidades como São Sebastião e Bertioga ficaram praticamente submersas. Até o momento são 48 mortos e outras dezenas de desaparecidos.
Em meio ao caos, uma imagem política ganhou destaque: Lula, Tarcísio e Felipe Augusto, prefeito de São Sebastião, trabalhando juntos.
É interessante ver que a postura dos três gestores, além de contrastar com as ações do ex-presidente Bolsonaro, quase sempre indiferente, também diferem muito do tom adotado pelo ex-governador João Doria, que buscava se autopromover a todo momento.
Nada de roupa de gari, ações espalhafatosas ou discursos belicosos.
Lula buscou reforçar a imagem de conciliador, encerrou a folga e veio para São Paulo. Tarcísio mudou a sede do governo para a região, visitou as cidades, sobrevoou as praias, colocou todo o aparato do estado para funcionar mesmo durante o feriado.
A equipe de comunicação do Estado solta boletins atualizando as ações para a imprensa praticamente a cada hora.
Até agora, que eu vi, o único que passou vergonha forçando uma autopromoção foi o Datena, o político que ameaça, mas nunca vai.
Vestido de tênis, calça jeans e uma jaqueta da Ralf Lauren que custa mais de R$ 1.500 foi até a região afetada com sua equipe, tentou pisar na terra que desabou, ficou atolado, caiu sentado, chorou, se disse comovido… Uma lástima.
Que os gestores públicos sigam o exemplo de Lula e Tarcísio, não de Datena.